O ano parece ter passado muito depressa e, de repente, já estamos a preparar-nos para celebrar as festas que marcam o fim de mais um ciclo: o Natal e o Ano Novo são, por definição, momentos de partilha e, não raras vezes, celebrados em torno de mesas recheadas de iguarias e de memórias. Amigos, família, pessoas que nos são queridas partilham connosco o pão, na expressão máxima daquilo que são para nós: companheiros – do latim cum (com) panis (pão), a palavra significa “aquele com quem compartilhamos o pão”. Mas quem partilha o pão, partilha o vinho, e não podíamos deixar de selecionar aqueles que, acreditamos, podem ser consensuais em praticamente todas as mesas do País.
Privilegiámos a produção nacional – só fizemos uma exceção! –, porque acreditamos que Portugal tem perfis e qualidade suficiente para agradar a todos os gostos. E porque, numa altura de tanta incerteza, é sempre bom recordar aquilo de que somos feitos: os nossos aromas, os nossos sabores, as nossas pessoas! Celebrar as festas com aquilo que de melhor se faz no País é uma boa forma de restaurar alguma fé e confiança nos tempos que se avizinham – uma espécie de calmaria no meio da tormenta que têm sido as últimas semanas.