A vontade já vinha de há muito e concretizou-se há poucas semanas: abrir portas na artéria mais exclusiva da capital lisboeta, a Avenida da Liberdade. Esta é também a primeira loja de rua da Boutique dos Relógios que, desde 1997, ano em que Salomão Kolinski criou a marca, tem feito dos centros comerciais o seu habitat natural.
“Queríamos estar numa localização próxima das grandes marcas mundiais, com grande afluência de turistas”, explica o administrador da Tempus Internacional, o maior grupo relojoeiro português, que nos últimos anos tem apontado para o segmento do luxo: entre os 38 espaços comerciais detidos pelo grupo, cinco são concebidos à imagem da marca Boutique dos Relógios Plus, com espaços personalizados de venda de marcas como Breguet, Cartier, Chanel, Breitling, IWC ou Omega e uma panóplia de produtos mais alargada, onde se contam caixas de relógios para colecionadores, artigos de marroquinaria de luxo, perfumes, instrumentos de escrita e joalharia.
Nos 270 metros quadrados que a nova loja da Avenida da Liberdade ocupa, há espaço para uma oficina de relojoeiro, wine bar, sala para clientes mais exclusivos e ainda um espaço dedicado à portugalidade, com produtos nacionais em exposição. “Esta é a nossa forma de contribuirmos positivamente para o país. Com estas lojas de luxo, queremos chamar naturalmente o público nacional, mas sobretudo ganhar o turismo de qualidade”, explica Salomão Kolinski, que investiu mais de um milhão de euros neste novo espaço. Sem divulgar números, o empresário refere que os cinco estabelecimentos Plus representam “uma parte importante” da faturação global da Boutique dos Relógios. “O mercado da alta relojoaria também é sensível à atual conjuntura”, mas, diz o empresário, o grupo não se tem ressentido muito, já que o tipo de clientela a que se dirige não tem sofrido com a crise. Além disso, turistas vindos de países como França, Rússia, Turquia, Alemanha, China e Brasil ajudam a dar corda a este negócio.
Este artigo é parte integrante da edição 345 da Revista EXAME