Visão | Prémios Dona Antónia estão de volta. Quem serão as próximas “Ferreirinha”?

Prémios Dona Antónia estão de volta. Quem serão as próximas “Ferreirinha”?

Todos os anos, são distinguidas duas mulheres que marcaram a diferença em Portugal, prestando homenagem à empreendedora, humanista e generosa Dona Antónia, também conhecida por ‘Ferreirinha’. Quem se juntará à lista?

É já no dia 1 de julho que decorre a 36ª edição dos Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira, um marco do empreendedorismo feminino e dos valores humanistas. Foi em 1988 que a família Ferreira e a Sogrape, dona da marca Porto Ferreira, lançaram os Prémios Dona Antónia, com um objetivo em mente: distinguir mulheres portuguesas com um percurso de vida excecional e que fazem a diferença no desenvolvimento económico, social e cultural do País.

Todos os anos, são entregues o Prémio Consagração de Carreira, que homenageia um percurso de trabalho consolidado e merecedor de reconhecimento público, e o Prémio Revelação, que visa reconhecer mulheres com um percurso relevante e em fase de afirmação.

Desde a sua génese até agora, os Prémios dão a conhecer, em cada edição, protagonistas que representam o exemplo de vida e obra de Dona Antónia, eleitas por um júri autónomo e presidido por Artur Santos Silva.

Dona Antónia: a ‘Ferreirinha’

E que exemplo foi esse? Dona Antónia Adelaide Ferreira ficou conhecida carinhosamente como “Ferreirinha”. Foi uma figura marcante na história do Douro vinhateiro e um símbolo de empreendedorismo, altruísmo e generosidade. Nascida em 1811, dedicou a sua vida ao desenvolvimento económico, social e cultural da região, ajudando principalmente quem mais precisava. Aos 33 anos, ficou viúva e assumiu a liderança dos negócios familiares, tendo transformado aquela que viria a ser a casa FERREIRA numa referência no cultivo da vinha e na produção do Vinho do Porto.

Além do seu inspirador percurso enquanto empresária, Dona Antónia é recordada pela sua paixão e investimento pessoal na região do Douro, sem depender do apoio estatal. A sua generosidade para com os mais fracos e pulso firme face aos que mais tinham, deixaram a marca de uma mulher corajosa e determinada, proprietária de vinhos finos e premiados também fora de portas, e cuja influência se estendeu a todo o território nacional.