Quem acompanha esta coluna sabe o que penso sobre o excesso de incompatibilidades a que os políticos estão sujeitos, que ganham pouco e que é demasiado fácil pôr em causa a sua honra. Sou daqueles que são acusados sistematicamente de defender os malandros dos políticos.
É possível que nesta altura a minha cara leitora ou leitor espere uma adversativa qualquer. Não vai acontecer. O caso do primeiro-ministro que recebe avenças mensais de empresas privadas na prossecução de tarefas governativas nada tem que ver com as tais limitações ou incompatibilidades, sejam de que ordem forem.