O consumidor-produtor e a felicidade
Todos nós, somos simultaneamente consumidores e produtores. Mais, passamos muito mais tempo das nossas vidas a produzir do que a consumir. E se o sistema está calibrado para ir de encontro às vontades dos consumidores, já não faz o mesmo no que diz respeito às nossas vontades enquanto produtores
A importância da beleza relacional
De que serve viver numa casa muito bonita, desenhada por um renomado arquiteto, se estiverem podres as relações entre os familiares? Que conforto sentimos ao trabalharmos numa organização com uma sofisticadíssima decoração de interiores se as relações laborais estiverem corrompidas pelo bullying, pela desconfiança e pela competitividade desenfreada? Se formos minimamente empáticos, perturbar-nos-á o lazer num belíssimo hotel se sentirmos que os funcionários vivem exaustos e debaixo de uma tensão permanente
A importância do humanismo e da felicidade nas organizações
Quando se fala de valores fundamentais como o humanismo ou a felicidade, se não cuidarmos da forma como esses valores estão, ou não, postos em prática nas organizações, corremos o sério risco de se tornarem palavras ocas. Não há humanismo nem felicidade na sociedade se não houver humanismo ou felicidade nas organizações.
A felicidade e a sustentabilidade ambiental
Uma aposta em transportes públicos movidos a energias renováveis, asseados, frequentes, rápidos, conviventes e confiáveis, aliados à mobilidade suave (nomeadamente as bicicletas) dispensa, quase na totalidade, o uso do automóvel
A semana de 4 dias e a felicidade
Se há boas razões (de felicidade, ambientais e com sustentação económica) para que se progredisse, no séc. XXI, para uma semana de trabalho mais curta, muitas tendências do mercado de trabalho mundial vão no sentido oposto
Felicidade: quando a posição importa
A quantidade de bem-estar que o nosso salário, o nosso carro ou até a nossa casa nos trazem depende do seu posicionamento relativo
A felicidade nos programas eleitorais
São ainda poucos os governos a nível mundial que fazem uma utilização decisiva do conhecimento da ciência da felicidade e dos indicadores de felicidade ou bem-estar
Rankingocracia
A vida das nações, das organizações e dos indivíduos está tão condicionada por regras e critérios globais, decididos não democraticamente, mas que são decisivos na competição de mercado internacional, que resta pouco de democracia
Lucro bom, lucro mau
A verdade é que há lucros bons e lucros maus. Compete à sociedade discernir em que contextos se formam os lucros bons (os que dão bons resultados parta a sociedade como um todo, e estimulá-los), e em que contextos se formam os maus (os que, no cômputo geral, prejudicam a sociedade, e controlá-los)
Felicidade e populismo
É responsabilidade de quem tem governado as nações encontrar respostas para uma espécie de frustração subliminar que está a alimentar o monstro populista
As reformas estruturais para a felicidade
Permitam-me trazer uma nova visão: a das reformas estruturais para a felicidade. É que, mais importante do que sabermos que mudanças serão mais eficazes a aumentar a produção, é vital que encontremos aquelas que, sustentadamente, aumentem o bem-estar
O nosso vencimento não é o nosso valor
Quem é que contribuiu mais para a felicidade humana, Chopin ou Madonna? Se deixarmos os vencimentos de mercado que cada um auferiu falarem, Madonna é infinitamente mais relevante
Quando a felicidade não tem custos orçamentais
Se pensarmos na felicidade dos povos como o verdadeiro desígnio das nações e dos governos, há uma parte dessa felicidade que não custa mais dinheiro
Não há progresso sem o avanço da bondade
Todos os políticos da extrema-direita vivem do ódio. Fomentam e fermentam o ódio. Nesse caos odioso, o progresso será sempre impossível
O que é uma noitada no trabalho face a uma reguada ou um estaladão?
As gerações mais novas confrontam-se com um mundo incerto que lhes oferece precariedade e falta de esperança. Se lhes adicionamos despotismo e sacrifício, vira penitência
A feliz falência da máquina de fazer miseráveis
Quando se ouve dizer que é muito difícil encontrar gente para trabalhar nas obras, nos trabalhos domésticos, na restauração ou no turismo e demais profissões mal pagas, a nossa reacção devia ser de celebração: é um sintoma de progresso
Empresas públicas e a responsabilidade pela felicidade pública
O conjunto das empresas públicas só tem razão de existir se estiver directamente ao serviço do bem-estar da sociedade
Ambicionar melhor do que isto
Não sabemos se está próximo ou distante o fim do capitalismo e o início de outra coisa qualquer. O próximo salto. Não o conseguimos prever e dificilmente surgirá tal qual o plano. Mas é certo que surgirá
Os negacionistas da pobreza relativa
O rendimento de cada um só é transformável em bem-estar/felicidade em função do que conseguimos fazer com esse rendimento. E isso depende do que os outros têm e dos padrões sociais
O indisfarçável charme da desigualdade
Qualquer que seja o sistema económico vigente, a geografia ou a época, é a existência da desigualdade que faz com que uns sejam ricos e outros pobres, uns favorecidos e outros desfavorecidos
Mais PIBistas que o PIB
A não ser que se entenda que as nações são como uma empresa cujo objectivo vital fosse o aumento da sua produção, o PIB não é o indicador certo para medir progresso/sucesso civilizacional