Não é preciso ser Sherlock Holmes para perceber o que anda André Ventura a tramar. António Maló de Abreu, antigo membro da direção de Rui Rio, não vai, certamente, ser eleito deputado a 10 de março, mas a sua mudança para o Chega – pelo qual será cabeça de lista pelo círculo fora da Europa – convém na perfeição à estratégia do partido para estas legislativas. O PSD está em perigo.
Até 10 de março, Ventura não tira folgas. Diariamente, cumpre dois papéis: antagoniza o PS de Pedro Nuno Santos e desdenha da Aliança Democrática (AD), o projeto político que uniu PSD, CDS e PPM. A meta é convencer o eleitorado à direita que o líder do Chega é o principal rosto da oposição.