Daquela “ocidental praia lusitana”, o NRP Mondego não vai a lado nenhum. Tentou, mas teve que ser rebocado até ao Porto do Caniçal, na Madeira. O almirante Gouveia e Melo ainda queria que esta máquina de guerra (como se comprova) fosse atrás de um navio russo, mas o desgraçado revelou-se incapaz até de dar uma mera boleia a meia dúzia de vigilantes da natureza, até às Ilhas Selvagens.
A breve história do NRP Mondego é a metáfora perfeita de um País, onde oficialmente tudo está bem, mas na prática nada funciona ou apenas funciona ao sabor da corrente, fazendo navegação à vista, sem planos e, muito menos sem rumo definido. Vejamos: o governo vai insistir no Pacote de Habitação, a tal “lei cartaz”, como lhe chamou o Presidente da República, apesar de quem estará responsável pela sua implementação, as autarquias locais, torcer o nariz a muitas das medidas preconizadas.