Naquele dia, o seu pai, Norbert P. Szurkowski, foi enviado pelo chefe aos escritórios da empresa financeira Cantor Fitzgerald para corrigir um erro na colocação de papel de parede que fora feito por um colega. Era um emprego de part time para Norbert, que estava em formação para ser mecânico, conseguir ganhar mais algum dinheiro e sustentar a família. Tinha uma filha de 3 anos e a sua mulher, com quem casara há cinco, mas namorava desde a adolescência, estava de novo grávida – tinham ambos acabado de descobrir há dias.
Quando Cláudia nasceu, a 3 de Maio de 2002, Norbert já não a viu. Ele foi uma das vítimas dos atentados terroristas do 11 de Setembro – data que faz amanhã 20 anos e que nos EUA ficou marcada como 9/11. Norbert estava a remendar o papel de parede nos escritórios que se situavam nas Torres Gémeas, em Nova Iorque, mais precisamente no 104º piso da Torre Norte, quando o voo 11 da American Airlines as atingiu. Assim, Claudia transformou-se numa das 100 crianças – hoje todos jovens com 20 anos – que não tinham ainda nascido quando perderam o pai na tragédia de 11 de Setembro. Os dados, sobre esta centena de filhos cujas mães estavam grávidas no dia do atendado, são da Tuesday’s Children, uma organização que apoia as famílias afetadas pelos atos terroristas de 2001.
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