O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia, reclamou um aumento do apoio estatal ao setor, argumentando que as comparticipações dos utentes têm diminuído devido à crise e aos problemas sociais.
“A comparticipação dos utentes tem vindo a diminuir, por questões ligadas ao desemprego e à pobreza e é importante um reforço da parte do Estado”, disse à agência Lusa Lino Maia, no final de uma reunião da assembleia geral da CNIS, que decorreu em Fátima, distrito de Santarém.
Lino Maia justificou, também, o pedido de aumento do apoio estatal com os custos técnicos e de funcionamento das instituições de solidariedade – quase 2.900 das quais são associadas da CNIS, representando cerca 180 mil trabalhadores -, a inflação e a necessidade de atualizar as tabelas salariais no setor, onde subsiste “alguma injustiça” nos montantes pagos aos funcionários, indicou.
Na reunião foi aprovado “por unanimidade” o relatório de atividades e as contas de 2015, tendo a assembleia abordado, entre outros assuntos, as dificuldades das instituições de solidariedade social e a necessidade de cooperação.
“Não pode haver retração na cooperação”, disse o presidente da CNIS.
Lino Maia destacou, ainda, o “bom ambiente de colaboração” com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, expressando “confiança” no desempenho do ministro Vieira da Silva.
“Este setor tem uma boa relação com ele, é um ministro consistente, com provas dadas no passado, esperamos uma boa cooperação”, afirmou.