“A Plataforma visita a Grécia, nomeadamente Atenas e Lesbos, entre 14 e 20 de fevereiro. A visita nasce de um convite do diretor executivo do Gabinete Europeu de Apoio para o Asilo (José Carreira) para que pudéssemos compreender melhor o trabalho que está a ser feito neste domínio, desde o início do processo de acolhimento dos refugiados, o seu registo e depois a recolocação nos países europeus”, contou Rui Marques à agência Lusa.
De acordo com o coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), esta visita “é exploratória”, mas pode transformar-se num contributo efetivo.
“Durante a visita, queremos perceber se a Grécia deve vir a constituir um tema da nossa agenda em termos de linha da frente. Temos trabalhado no domínio do apoio aos refugiados nos países de trânsito concentrados no Líbano. Vamos avaliar se vamos apoiar também os refugiados na Grécia que estão na linha da frente através das agências não-governamentais”, sublinhou.
Rui Marques adiantou também que durante a visita que tem início no domingo, a PAR vai estar em contacto com as organizações não-governamentais a nível local e internacional no terreno.
“Procuraremos compreender como podemos contribuir de uma forma mais assertiva para todo o processo de recolocação de refugiados, que manifestamente não está a funcionar, visto que desde setembro foi decidido recolocar 160 mil pessoas e até agora foram recolocadas cerca de 300”, salientou.
Rui Marques disse ainda que a Plataforma quer também dar a conhecer na Grécia o apoio das organizações a sociedade civil portuguesas e a sua solidariedade para com o esforço que os gregos têm feito no que diz respeito ao acolhimento de refugiados.
“A Grécia tem uma situação económica e social difícil, mas são um exemplo de acolhimento e é inspiradora para toda a Europa, ou seja, mesmo com todas as fragilidades, o povo grego tem sabido acolher os refugiados. Têm-se organizado e mobilizado para o acolhimento daqueles que chegam nos botes às suas praias”, frisou.