O risco de pobreza manteve-se em 19,5% em 2014, mas aumentou na população idosa e nos desempregados, revela o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o inquérito, realizado em 2015 sobre os rendimentos do ano anterior, a taxa de risco de pobreza para a população idosa fixou-se nos 17,1% em 2014, mais dois pontos percentuais (p.p) face ao ano anterior (15,1%).
Apesar de o risco de pobreza na população idosa ter aumentado pelo segundo ano consecutivo, manteve-se “a evolução no sentido decrescente observada na série para este indicador: menos 11,8 p.p. desde o início da série em 2003 e menos 2,9 p.p. desde 2010”, refere o INE.
A população em situação de desemprego registou uma taxa de risco de pobreza de 42% em 2014, mantendo-se a tendência de aumento registada nos anos anteriores (40,5% em 2013, 40,3% em 2012, 38,3% em 2011 e 36% em 2010).
Em 2014, foi sobretudo a população reformada aquela que viu aumentar o risco de pobreza, com uma taxa de 14,5% face a 12,9% no ano anterior.
Já o risco de pobreza para a população empregada aumentou de 10,7% para 11,0%, refere o inquérito do INE, realizado anualmente junto das famílias residentes em Portugal.
De acordo com o inquérito, 19,5% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2014, igual ao valor estimado para 2013, continuando a atingir com “maior impacto” as mulheres: 20,1% face a 18,8% para os homens.