A Associação Portuguesa de Charcot-Marie-Tooth foi fundada por Diogo Lopes há um ano, quando tinha 14 anos. O presidente honoris causa da organização começou por lançar um livro de poesia, da sua autoria, e usou as receitas para fundar a APCMT.
Diogo, ele próprio portador de Charcot-Marie-Tooth (CMT), pretende que a associação seja um ponto de encontro para outras pessoas que sofrem da mesma condição, assim como para os seus familiares e amigos.
A CMT, também conhecida como atrofia fibular muscular, é uma doença de origem genética que afeta os nervos periféricos que ligam a espinal medula aos músculos. A doença provoca a atrofia muscular dos membros e problemas ortopédicos. A fisioterapia é a forma mais eficaz de garantir a qualidade de vida dos portadores desta doença crónica.
Diogo é estudante de música na Escola de Música do Conservatório Nacional e tem um duo de jazz, os Major7, que já atuou em várias angariações de fundos da associação. Esta noite, 17, os Major 7 voltam ao subir ao palco para angariarem fundos em nome da APCMT. Diogo também irá atuar com a Big Band Júnior, que reúne vários jovens músicos de jazz haverá ainda atuações dos Swingtet e da cantora Maria João e do pianista João Paulo Silva, ambos embaixadores desta causa.
A entrada no concerto solidário, agendado para as 22h30 no Hot Clube de Portugal, em Lisboa, custa 10 euros que revertem para o financiamento dos programas da associação: o CMT – Informar para Orientar (dirigido a profissionais de saúde) e o CMT – Informar para Sensibilizar e Educar (que tem as escolas e o público em geral como alvo). Ambos os programas procuram lutar contra um dos maiores problemas que enfrentam os portadores da doença: o desconhecimento. Não só do público em geral, como dos profissionais de saúde, no entender da APCMT.
Um dos principais objetivos é contribuir para diagnóstico mais atempados evitando que os tratamentos sejam iniciados tardiamente.