O sucesso do primeiro Quiosque da Saúde, instalado nas Olaias, em Lisboa, levou a Associação Conversa Amiga (ACA) a anunciar a instalação de outros dois quiosques na cidade, mas a sua localização ainda não está definida.
Previa-se que o primeiro quiosque prestasse 300 consultas no período de um ano, mas esse valor foi ultrapassado em menos de seis meses.
O fundador da ACA, Duarte Paiva, um dos galardoados na edição de 2013 dos prémios Os Nossos Heróis, promovidos pela VISÃO Solidária e pelo Montepio, explica que a intenção dos Quiosques da Saúde “não é substituir o médico de família, nem o Sistema Nacional de Saúde, é para complementar [o acesso aos cuidados de saúde] numa perspetiva de uma resposta simples, fácil e de proximidade”.
Os quiosques funcionam como pequenos consultórios médicos e o seu público-alvo são os idosos sem médico de família ou com dificuldade em acederem a cuidados de saúde.
Nas Olaias, já foram prestadas mais de 320 consultas e a média de idades dos pacientes é de 63 anos.
O projeto tem contado com o apoio do programa Bip-Zip (Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária) da Câmara Municipal de Lisboa, mas a partir de junho terá de encontrar formas de financiamento.
Até agora, o Quiosque das Olaias funciona três dias por semana, com uma enfermeira contratada e oito médicos voluntários, e as consultas são gratuitas, mas a ACA está a estudar a possibilidade de financiar o projeto através do pagamento de dois euros por consulta.
De acordo com Duarte Paiva, também colunista da VISÃO Solidária, o custo de financiamento de cada quiosque varia entre os 12 e os 14 mil euros.
Os dois novos equipamentos deverão entrar em funcionamento até outubro.