As Nações Unidas pretendem usar o dinheiro para apoiar, ao longo deste ano, populações de 31 países diferentes que enfrentam crises agrícolas, devido aos mais variados motivos.
As Nações Unidas pediram hoje 697 milhões de dólares (perto de 630 milhões de euros) para ajudar, este ano, cerca de 30 milhões de pessoas afetadas por diferentes crises em 31 países.
O diretor de Emergências da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Dominique Burgeon, sublinhou que “a resposta continua a ser fraca, embora entre dois terços e três quartos da população dos países em desenvolvimento dependam inteiramente da agricultura para sobreviver. Quando acontecem catástrofes, as primeiras pessoas afetadas são evidentemente os pequenos agricultores”.
Burgeon destacou que é fundamental relançar o setor primário nos países em conflito, como a Síria, onde quatro anos de guerra diminuíram a produção de trigo e obrigaram ao deslocamento de agricultores que, apesar de viverem em zonas rurais afastadas dos combates, não podem desenvolver a sua atividade económica por falta de meios.
O Sudão do Sul e a República Centro-Africana, palcos de conflitos armados, são atualmente dois pontos prioritários para a ajuda da FAO. A Somália, os países da região semiárida do Sahel, assim como os estados afetados pela epidemia do Ébola (Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa) são outros dos destinos do apoio.
Dos mais de 800 milhões de pessoas que sofrem de fome crónica no mundo, 129 milhões vivem em zonas de crise e 70 milhões estão muito vulneráveis aos desastres naturais, indicam dados da FAO.