A Assistência Médica Internacional (AMI) vai criar, este ano, dois fundos de apoio social para ajudar estudantes carenciados no pagamento de propinas e para custear rendas e faturas em atraso, revelou à Lusa o presidente da Fundação AMI.
Cada fundo terá o valor de 20 mil euros para dar resposta aos pedidos de ajuda de estudantes e famílias em situação de rutura.
“É triste percebermos que há jovens que tiveram que interromper os seus estudos superiores por falta de pagamento, pese embora o esforço que algumas universidades e politécnicos fizeram”, sublinhou o presidente da instituição, Fernando Nobre. Por outro lado, há famílias em situação de extrema carência sem possibilidades para pagar as despesas da água, da luz, do gás e a renda de casa.
Segundo dados da Fundação AMI, a organização apoiou, em 2014, 31.500 pessoas, das quais 3900 pela primeira vez. Depois de um aumento de 130%, entre 2008 e 2013, no número de pessoas apoiadas, os números começaram a estabilizar de 2013 para 2014, segundo Fernando Nobre.
Fernando Nobre adiantou que a maior parte (57%) do orçamento global da AMI, 8,5 milhões de euros, de 2014, foi gasto nos objetivos sociais da AMI em Portugal, perto de 30% na área internacional e 13% na gestão administrativa já que a AMI tem 230 colaboradores permanentes.