Lisboa, 10 out (Lusa) — O Prémio Nobel da Paz hoje atribuído à paquistanesa Malala Yousafzai, de 17 anos, e ao indiano Kailash Satyarthi, premeia os esforços destes ativistas contra o trabalho infantil, que afeta quase 170 milhões de crianças em todo o mundo.
De acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho, apresentado em junho por ocasião do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, o número de crianças forçadas a trabalhar desceu de 215 milhões para 168 milhões entre 2008 e 2012.
Dos 168 milhões, cerca de 85 milhões realizam trabalhos perigosos. A região da Ásia e do Pacífico continua a registrar o número mais alto de crianças a trabalhar (quase 78 milhões ou 9,3% da população infantil) e a África Subsaariana continua a ser a região com a mais alta incidência de trabalho infantil em relação ao total de crianças (59 milhões, mais de 21% da população infantil).