“O capacete de um piloto é sempre algo muito pessoal.” A conclusão é de Miguel Oliveira, o piloto português de motas que, aos 18 anos, decidiu apadrinhar uma causa social. Na última segunda-feira, dia 16, o desportista apresentou um passatempo que permitirá ajudar financeiramente a Associação Almadense Rumo ao Futuro, de apoio a pessoas com deficiência.
Com o objetivo de chamar a atenção para esta causa e para o trabalho desta instituição, Miguel Oliveira vai colocar na sua página do Facebook vários desenhos feitos por utentes da Rumo ao Futuro e, posteriormente, os seus fãs serão chamados a escolher, através do botão “Like” (Gosto), o exemplar que será impresso no seu capacete. Miguel Oliveira usará esse equipamento na última corrida desta época: em Valência, a 10 de novembro de 2013.
“Poder correr com um capacete desenhado por estas pessoas é algo bastante especial para mim. Posteriormente, esta peça será leiloada e irei doar o dinheiro à instituição. O aspeto monetário é importante, mas mais importante é dar a conhecer esta causa”, explica o jovem piloto que está a acabar o ensino secundário. O leilão referido está marcado para o dia 22 de novembro, no Porto, na leiloeira P55.
Joaquim Grosso, presidente da Associação Almadense Rumo ao Futuro, ficou surpreendido com a escolha de Miguel Oliveira: “Este gesto tão nobre, de uma pessoa tão jovem, preocupada com pessoas diferentes que também merecem um apoio tantas vezes esquecido, espelha grande sensibilidade. Este é um marco para nós porque somos uma pequena instituição e temos muita dificuldade em comunicar com o exterior. O Miguel foi uma bênção.”
Fundada em 1990, a instituição de a apoio a deficientes apoia hoje 45 utentes num edifício e outros 16 num lar. “Temos aqui utentes dos 23 aos 63 anos. Temos 5 casos no lar que não têm família. São casos com muita dependência e é um esforço de 24 sobre 24 horas para que eles sejam felizes no seu dia-a-dia”, diz Joaquim Grosso.
Também a diretora da Rumo ao Futuro, Vilma Moniz enaltece a dedicação do piloto. “Os jovens, especialmente nesta área, estão virados para outro tipo de coisas. A deficiência não é uma área que as pessoas adiram. Normalmente apoiam mais as crianças e os idosos, mas o Miguel Oliveira queria algo que fizesse mais sentido para ele. Conheceu melhor o nosso trabalho e criámos este laço de amizade. É uma forma de nos ajudar porque somos uma instituição particular de solidariedade social sem fins lucrativos e a nossa luta é diária.”
Para saber mais ou aderir ao passatempo, visite www.migueloliveira44.com.