Está a circular, por e-mail, uma mensagem que anuncia consultas gratuitas de clínica geral para doentes oncológicos e seus familiares, todas as quartas-feiras, às 15 horas, na União Humanitária dos Doentes com Cancro. A VISÃO Solidária contactou a associação sem fins lucrativos e confirmou a existência das consultas desde 2004. Porém, elas estão suspensas há meio ano, por falta de médicos voluntários.
A União está assim, desde março, “à procura de voluntários de clínica geral e de oncologia”, de acordo com a informação recolhida pela VISÃO Solidária, de modo a poder retomar a sua valência gratuita de apoio médico no Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico (Lisboa). Os médicos que se quiserem dar como voluntários não precisam de disponibilizar mais de uma hora por semana.
Antes de suspender as consultas, no final de 2011, a associação fazia uma média de 16 consultas por mês e recebia ainda oito telefonemas por dia. No último ano, a UHDC realizou 968 consultas de apoio psicológico, 1200 consultas de apoio hospitalar, 160 consultas de apoio médico, 44 consultas de apoio domiciliário, 44 consultas de apoio multidisciplinar a crianças com cancro e 1.936 chamadas de doentes oncológicos.
Apesar das dificuldades, a União Humanitária dos Doentes com Cancro tem uma nova valência gratuita desde 7 de abril, Dia Mundial da Saúde. Trata-se de apoio e informação telefónica sobre o cancro, a quimioterapia e a radioterapia, transmitido através da experiência de outros doentes. Este serviço funciona entre as oito da manhã e as dez da noite. A voz do outro lado da linha 21 243 05 04 é de Raquelinda de Magalhães, voluntária e paciente oncológica em remissão.
Sobre a União Humanitária dos Doentes com Cancro
A União Humanitária dos Doentes com Cancro é uma Associação Humanitária, de Solidariedade Social e de Beneficência, sem fins lucrativos, que tem como primeiro objetivo apoiar os doentes com cancro e seus familiares, através de serviços inteiramente gratuitos e abertos a toda a população. Criada em 1999, disponibilizou, ao longo do tempo e gratuitamente, 14 valências de apoio a doentes e seus familiares, 9 000 consultas de apoio psicológico e a primeira linha telefónica, em Portugal, de apoio a doentes com cancro, que gerou cerca de 20 000 chamadas.