Assinado pelo juiz Jorge Bernardes de Melo, o (há muito esperado) ofício com o pedido do levantamento da imunidade parlamentar a três deputados do PSD chegou neste mês à Assembleia da República. Entre o grupo de parlamentares que o Ministério Público pretende interrogar como arguidos, além de Luís Newton e de Margarida Saavedra, está Carlos Eduardo Reis, uma das principais personagens do processo Tutti-Frutti, que se arrasta há, pelo menos, oito anos num gabinete do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa. Os dois primeiros são suspeitos de corrupção passiva, prevaricação e burla qualificada, respetivamente. A Carlos Eduardo Reis, o Ministério Público imputa os crimes de corrupção ativa e tráfico de influências.
Diretamente relacionado com Carlos Eduardo Reis está um conjunto de escutas telefónicas, nas quais Sebastião Bugalho surge como interveniente. Segundo documentos a que a VISÃO teve acesso, as conversas levaram o Ministério Público a quebrar, em 2018, o sigilo bancário do então jornalista dos jornais i e Sol, atualmente cabeça de lista da Aliança Democrática às europeias de 9 de junho.
