Portugal está em 10º lugar da lista dos países com maior idade de reforma no mundo, segundo um relatório, de dezembro do ano passado, da Trading Economics. Atualmente, o pedido de reforma sem penalizações no nosso país pode ser feito aos 66 anos e 4 meses, tendo sido já comunicado que vai subir para os 66 anos e sete meses em 2025. Estima-se que até 2060 possa chegar aos 68 anos, da mesma forma que se espera uma subida na mesma proporção nos restantes países da União Europeia, diz no relatório “Pensions at a glance 2023”, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
À frente de Portugal nesta lista estão Austrália, Dinamarca, Grécia, Islândia, Israel, Itália e Países Baixos com idades de reforma de 67 anos – as mais elevadas do mundo. Segue-se os Estados Unidos com 66 anos e 7 meses e a Espanha com 66 anos e 6 meses. É então que Portugal surge na tabela.
O país com a idade de reforma mais baixa do mundo é a Indonésia, onde é possível deixar a vida ativa sem penalizações aos 58 anos. O Bangladesh surge em seguida, com uma idade de 59 anos, sendo seguido Uzbequistão, Ucrânia, Turquia, Coreia do Sul, África do Sul, Eslovénia, Arábia Saudita e Mongólia, países com idades de reforma de 60 anos.
A esperança média de vida e a mortalidade são indicadores que podem alterar a idade de reforma. Países onde se vive até mais tarde são também aqueles que exigem um final de carreira contributiva tardio, enquanto um aumento da mortalidade faz este indicador descer.
Dados da OCDE demonstram também que os anos de reforma estão a aumentar, muito graças aos avanços da medicina e às melhorias na qualidade de vida. Em 1970, esperava-se que os homens dos países europeus tivessem, em média, 12 anos de vida após se reformarem, mas este valor passou para 19,5 anos em 2020. De notar ainda que as mulheres têm uma esperança média de vida na reforma quatro anos mais elevada do que a dos homens.