Apesar de apenas arrancar a 1 de agosto, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai ditar a reposição do controlo fronteiriço em Portugal. De acordo com Paulo Vizeu Pinheiro, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, que apresentou, esta sexta-feira, o plano global de segurança para o evento, esse controlo será essencialmente documental, mas também incidirá em entradas que possam ter sido sinalizadas pelas secretas. Os aeródromos e os drones também contarão com medidas especiais.
As fronteiras irão manter-se sob vigilância até dia 10 de agosto; ou seja, mais quatro dias após o fecho de portas da JMJ, no Parque Tejo. O controlo documental é reposto em 21 pontos de passagem autorizados e haverá “um controlo seletivo com base em indicadores de risco e informação”. As autoridades também terão especial atenção com drones não autorizados, apostando na sua detecção.
Os motivos prendem-se com o facto de, como sinalizou a ministra Adjunta Ana Catarina Mendes, os jovens poderem começar a chegar uma semana antes do evento começar e ainda permanecerem no País por mais alguns dias.
Na apresentação do plano, na sede da JMJ, em Lisboa, Vizeu Pinheiro assegurou que se trata de uma estratégia, cujo lema será “máxima segurança e mínima perturbação”, e que começou a ser delineada há um ano, e para o qual o Serviço de Informações de Segurança (SIS) colaborou ativamente, através de “relatórios com analises minuciosas com as cautelas a ter”.
O controlo da mobilidade dos peregrino incidirá nas estradas, comboios, aeroporto e percursos pedonais, estando as forças de segurança também atentas ao controlo de acessos e gestão de lotação dos recintos; sendo que, quanto ao espaço aéreo, haverá quatro zonas de exclusão em Lisboa e Fátima onde não é possível voar, além de “constrangimentos em 23 aeródromos”. Ainda assim, os voos comerciais em Lisboa e Cascais manter-se-ão.
No total, contando com os agentes da PSP que colaborarão com a Gendarmaria do Vaticano durante a visita do Papa, haverá 16 mil elementos de segurança, adiantou Vizeu Pinheiro.