Cerca de três dezenas de profissionais da pesca encheram uma sala de uma unidade hoteleira da cidade, onde o Governo promoveu hoje uma audiência pública para formulação de sugestões e recolha de contributos para proposta preliminar das áreas situadas ao largo de Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines.
Em causa está um projeto para a criação daquelas cinco áreas de exploração de energias renováveis no mar, cuja consulta pública começou em 30 de janeiro e termina na sexta-feira.
Os representantes dos pescadores acusaram o Governo de ter conduzido “extremamente mal” o processo de elaboração da proposta preliminar, criticaram a Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos por “não terem sido ouvidos” e garantiram que se o plano for para a frente tal como está “é a morte da pesca em Portugal”.
Conscientes de que as energias renováveis no mar vão avançaram, os pescadores apelaram ao diálogo com o setor e querem ter voz no planeamento do projeto final e serem compensados pelo impacto, negativo que sabem que esta transição energética vai implicar no setor.
ABC // MSP