“Nunca tive problemas no Chega por ser negro ou brasileiro. Comecei por baixo e hoje sou dirigente distrital no Porto e conselheiro nacional.” Marcus Santos, 43 anos, do Rio de Janeiro, filho de pai militar e mãe doméstica, é fiel seguidor de André Ventura. Cristão, ex-atleta profissional de artes marciais mistas (MMA, no original), tem um ginásio e dá aulas aos praticantes daquele desporto. Saiu do Brasil com 18 anos, rumou aos EUA e está em Portugal desde 2009. Casou-se com uma portuguesa e tem um filho de 9 anos. “Revejo no Chega os meus valores: a defesa da família, da pátria e da propriedade privada. E pátria, para mim, é também o País que me recebeu e a quem devo muito”, justifica, à VISÃO. Marcus conhece “muitos” compatriotas que militam ou simpatizam com o Chega. Invisíveis. “São pessoas que receiam ser prejudicadas no seu trabalho se assumirem posições públicas.” Este dirigente recusa os epítetos por vezes associados ao partido: racista, xenófobo, extremista. “Nada disso!”, garante. “Mas venho de um país destruído pelo socialismo. Luto contra a corrupção e não tenho bandidos de estimação.” Vem isto a propósito da visita do Presidente do Brasil, Lula da Silva, a Portugal, em abril. “Como brasileiro, sinto-me envergonhado”, assume.
Crime, disse ela