“Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar”, lê-se no artigo 65.º da Constituição da República Portuguesa. Prerrogativa também consagrada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu artigo 25.º, em nada respeitadas quando há famílias inteiras a morarem em quartos de pensões. Ou quando os jovens precisam partilhar casa com outros para deixarem de morar com os pais, sejam já trabalhadores ou estudantes universitários, saídos da sua cidade natal, que aterram numa qualquer garagem da capital, transformada em apartamento T1 por 790 euros ao mês, ou numa subcave de 14 metros quadrados que dá lugar a um T0 por 570 euros mensais.
Em breve, a estes anúncios – verdadeiros, sublinhe-se – hão de juntar-se novas descrições e histórias das casas e quartos arrendados a mil e dois mil euros ao dia, aquando da Jornada Mundial da Juventude, na primeira semana de agosto.