Às nove da manhã de uma quinta-feira, no início de mais um ano académico, dezenas de estudantes entram pelas portas da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Muitos estão no primeiro ano, comparam horários, seguem para o auditório do Edifício Egas Moniz e, muito provavelmente, a maioria nem sonha que, nesse instante, três andares acima das suas cabeças, num dos laboratórios do Instituto de Medicina Molecular (IMM), se desenha o futuro.
Maria do Carmo Fonseca, a professora de Biologia Molecular e Celular que todos conhecem e sobre quem é frequente ouvir elogios rasgados, já está a trabalhar, desde as oito da manhã, neste futuro que parece cada vez mais próximo e tangível: uma vacina contra o cancro.