Se acha que as máscaras apenas servem para nos proteger contra a Covid-19, está enganado. O novo estudo realizado por investigadores da Universidade de Cardiff revela que os homens ficam mais atraentes com as máscaras colocadas, mesmo que só se veja metade da cara.
A verdade é que antes da pandemia, as máscaras de proteção – já muito usadas no Japão ou na China – eram vistas como algo pouco atrativo porque estavam associadas a doenças e a vírus. Esta conclusão surgiu de um estudo publicado em 2016, em que os autores estudaram o efeito das máscaras pela primeira vez. “Os resultados revelaram que rostos atraentes tapados pela máscara foram percebidos como menos atraentes do que os mesmos rostos sem máscara”, lia-se no estudo.
Com o surgimento da pandemia, esta perceção alterou-se. “O nosso estudo sugere que os rostos são considerados mais atraentes quando estão tapados por máscaras”, explica um dos autores do novo estudo, Michael Lewis.
Esta análise foi feita em fevereiro do ano passado, a 43 mulheres entre os 18 e os 24 anos, a quem lhes foi pedido que classificassem o grau de beleza das fotografias que lhes eram apresentadas: um homem sem máscara, um homem com uma máscara cirúrgica, um homem com uma máscara de tecido e uma fotografia de um homem a segurar um cartão que lhe tapava metade da cara.
Apesar de os homens terem sido definidos como mais atraentes com uma máscara, segundo o estudo, são ainda mais atraentes com uma máscara cirúrgica. “Isto pode acontecer porque estamos acostumados a ver os profissionais de saúde a usar as máscaras azuis e agora associamos a essa profissão. Num momento em que nos sentimos vulneráveis, podemos achar o uso de máscaras médicas reconfortante e, assim, sentimo-nos melhor em relação a quem está a usá-la”.
Além disso, os autores do estudo referem ainda que esta atração pode ainda ser mais evidente porque as máscaras direcionam a atenção para os olhos das pessoas.
Os resultados deste estudo foram publicados na revista Cognitive Research: Principles and Implications. Foi também realizado um segundo estudo, no qual um grupo de homens observou mulheres com máscaras. Apesar de os resultados ainda não terem sido ainda publicados, os autores avançam que as conclusões foram idênticas.