“Os dados serão vazados caso o valor necessário não for pago. Estamos com acesso nos painéis de cloud (AWS) entre outros tipos de dispositivos. O contacto para o resgate está abaixo.” A nota parece saída de uma série policial ou de uma das dezenas de blockbusters protagonizados por Liam Neeson. Só que não. Milhares de pessoas depararam-se com esta mensagem quando, na manhã de segunda-feira, 3 de janeiro, tentaram aceder aos sites da SIC, da SIC Notícias ou do Expresso.
Durante a madrugada de domingo, a Impresa, detentora dos órgãos de comunicação social em causa, havia sido alvo de um ataque informático aos servidores onde se encontram alojadas as páginas oficiais na internet dos canais de televisão, do jornal e da revista Blitz, tornando-as inacessíveis à empresa e aos leitores. No dia seguinte, acordava-se assim com a notícia daquilo que o grupo classificou como “um atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital”.