Durante a conferência de imprensa no domingo, o Ministro da Educação da Nova Zelândia, Chris Hipkins – designado pela primeira-ministra Jacinta Ardern como o membro do Executivo responsável pela resposta à Covid-19 -, querendo pedir às pessoas que mantivessem distância social quando saíssem de casa para “esticar as pernas”, enganou-se e disse para terem cuidado quando fossem à rua “abrir as pernas”.
“É um desafio para as pessoas em áreas densamente populadas irem lá fora e abrirem as pernas quando estão rodeadas de outras pessoas”, referiu o ministro.
Como resultado, e sem se conseguir conter, o Diretor-geral da Saúde neozelandês, Ashley Bloomfield, que se encontrava ao lado de Hipkins quando este falava ao país, levantou ligeiramente as sobrancelhas e esboçou um ligeiro sorriso.
Mais tarde, quando o ministro se apercebeu mais tarde do erro, brincou dizendo que iria à rua “esticar as pernas” e admitiu que todos os meios de comunicação social se iriam divertir com o que tinha acabado de dizer.
O episódio, claro, tornou-se viral nas redes sociais, com os neozelandeses a criarem o movimento #SpreadYourLegsNotTheVirus, e a publicarem várias fotos a abrir as pernas, em que mostram estar a seguir o “conselho” de Hipknis.
A Nova Zelândia voltou a confinar na terça-feira passada, depois de ter surgido um único caso de Covid-19 em Auckland – o primeiro desde fevereiro deste ano. Agora, no dia que que deveria fazer voltar à normalidade, prolongou o confinamento até sexta-feira, exceto em Auckland, que vai permanecer com a restrição até 31 de agosto, após as autoridades de saúde terem registado 107 novos casos de infeção numa semana e a primeira-ministra ter referido que o país ainda não atingiu o pico de contágios por Covid-19, provocados pela altamente contagiosa variante Delta.
“A [variante] Delta está à nossa frente e precisamos de recuperar o mais rápido possível… não achamos que atingimos o pico deste foco”, disse.
A Nova Zelândia, um dos países com mais sucesso no combate à pandemia de Covid-19, tinha decidido abrandar o seu plano de vacinação, contando apenas, de acordo com os dados da Our World in Data, com cerca de 20% da população totalmente vacinada. Essa decisão tem deixando o país mais vulnerável à pandemia e à nova variante Delta.