Uma popular cadeia de restaurantes em Changsha, a capital da província de Hunan, emitiu, este sábado, um comunicado na rede social Weibo (o Twitter chinês), onde pedia desculpas por pesar clientes e requisitar as suas informações pessoais.
A controvérsia iniciou-se na quinta-feira passada, após os funcionários do restaurante terem colocado à entrada do estabelecimento duas balanças acompanhadas de uma nota sugestiva da quantidade de comida que deveria ser pedida.
Apesar de reforçar que nenhum cliente foi obrigado a ser pesado, o restaurante afirmou “lamentar profundamente” qualquer transtorno causado.
No entanto, as balanças serão mantidas, permitindo assim aos clientes que desejem pesar-se que o façam.
“A nossa intenção foi defender o fim do desperdício alimentar e apelar às pessoas que adquiram os nossos produtos de uma maneira saudável.”
A mulheres com menos de 40 quilogramas era recomendado não pedir mais de dois pratos, sendo sugerido um prato de carne salteada e outro de peixe cozido, e homens com mais de 80 quilogramas deveriam pedir até 3 pratos, sendo recomendada uma refeição de porco assada.
Esta decisão por parte do restaurante de pesar os seus clientes foi tomada após o presidente chinês Xi Jinping ter anunciado, a 11 de agosto, uma campanha de redução de desperdício alimentar.
O país tem vindo a sofrer, desde o ano passado, repercussões na área alimentar devido a cheias que arruinaram plantações de arroz e a uma epidemia de gripe suína, que levou ao abate em massa de porcos.
Várias plataformas digitais têm vindo a anunciar que “mukbangs”, vídeos em que se pode ver uma pessoa a comer grandes quantidades de comida enquanto comunica com a sua audiência, podem ser bloqueados se for promovido o consumo de uma quantidade excessiva de alimentos.