Uma empresa de telecomunicação americana fez um anúncio dedicado à época que aí vem, mas, para quem nunca esqueceu o alienígena mais amado de sempre, e a sua amizade com o pequeno Elliott, são quatro minutos de puro deleite
Já lhe chamaram o mais nostálgico anúncio de Natal de sempre e a verdade não deve estar muito longe disse. E.T. – o Extraterrrestre, o filme original, estreou num já longínquo 17 de dezembro de 1982, mas, para os muitos milhões que encheram as salas de cinema à época, há imagens e expressões que ficaram para sempre no seu imaginário – desde a pontinha iluminada do dedo do alienígena, enquanto apontava ao coração de Elliott, o miúdo de 10 anos de quem ficou amigo, e lhe garantia “Estarei sempre aqui”, até ao pedido para o ajudar a contactar o seu planeta na expressão “E.T. phone home”.
Ao longo destes 37 anos, o realizador da longa metragem, Steven Spielberg, sempre recusou uma sequela, mas desta vez aceitou ser consultor – e há mais quem já se tenha manifestado contente com o resultado: “julgo que estes quatro minutos cumprem na perfeição as expetativas de quem queria um regresso de ET e daquele universo”, disse Henry Thomas, esse mesmo, o ator que interpretou o pequeno Elliott – e que agora também é coprotagonista neste Holiday Reunion, como lhe chamaram.
A verdade é que estão lá os protagonistas do aclamado filme dirigido por Spielberg, tal como a música maravilhosa de John Williams, e a história conta-se de uma penada: estamos às portas do Natal e E.T. volta à terra para rever o velho amigo, que agora é crescido, casado e com filhos.
A lembrar em tudo o original, tudo começa com o encontro do alienígena com as crianças, em que todos gritam de medo. Depois, ele sai do seu esconderijo improvisado atrás de um boneco de neve, aponta para o miúdo e pergunta: “Elliott?”.
Por momentos, fixamos o rosto infantil de Zebastian Borjeau, que faz de Elliot Jr e até tem uma estranha semelhança com o miúdo do filme original. Até que o ator que ganhou fama com aquele papel, e é agora um adulto, irrompe pelo ecrã, abraça-o e diz: “Voltaste!”.
Ficamos a saber que Elliott já formou família e o próprio E.T. também, enquanto o vemos apontar para o céu e dizer: “casa”. Depois, todos se empenham em mostrar-lhe o que mudou desde então – da televisão em tamanho gigante até à internet na palma da mão ou aos óculos de realidade virtual.
“O nosso objetivo era mostrar como as tecnologias também ligam amigos e entes queridos”, sublinhou Peter Intermaggio, o vice-presidente da Comcast Cable, a empresa que encomendou o anúncio, sem qualquer dúvida que fará ressonância no baú de memórias de gente em todo o mundo. O resto da mensagem deste novíssimo conto de natal, esse, é muito simples: ligue-se aos seus mais que tudo neste natal. Claro.