Presentes para o Natal que não chegam a tempo ou nem sequer chegam, rupturas de stock cujo dinheiro da compra é devolvido em cartão e com prazo de validade, preços supostamente incríveis que afinal não são assim tão apetecíveis, promessa de descontos em cartão que não são creditados, prazos para trocas que se esgotam antes do Natal.
Uma simples pesquisa por “Black Friday” no Portal da Queixa devolve dezenas de reclamações, sobretudo em compras online, relativas à edição do ano passado desta tradição americana, adotada em Portugal há quase uma década. Nesta semana de descontos, com o seu auge em 2018 marcado para esta sexta-feira, 23, muitos portugueses aproveitam para antecipar as compras de Natal, mas são várias as armadilhas a evitar. E não há desculpa para facilitar, uma vez que existem cada vez mais ferramentas para minimizar os riscos neste período em que publicidade enganosa e febre consumista andam de mãos dadas.
A DECO disponibiliza a solução ideal para se conhecer, em poucos segundos, a evolução do preço de determinado produto nos últimos três meses. Com tal informação é possível confirmar se uma promoção anunciada de 20, 30 ou 50 por cento corresponde, de facto, a uma redução de preço nessas proporções. Basta colar o link da página do produto num campo definido para esse efeito para a resposta chegar num ápice. Em alternativa, pode simplesmente escrever-se o nome da loja e do produto.
Com base no histórico de preços, esta aplicação da DECO (clique aqui para aceder) apresenta um veredicto através de um sistema de semáforo: o sinal verde recomenda a compra como um “bom negócio”, o amarelo indica que o preço faz “pouca diferença” para o praticado nos 30 dias anteriores, e o vermelho significa que “o preço do produto já esteve mais baixo”, desaconselhando a aquisição.
Além do histórico de preços, a ferramenta permite comparar os preços do produto nas várias lojas em que é comercializado, uma informação adicional que também se pode encontrar no site www.kuantokusta.pt.
Já o Portal da Queixa lançou, esta quarta-feira, a plataforma www.blackfriday2018.pt, que promete “facilitar o contacto entre marcas e clientes” por estes dias. “Queremos garantir uma comunicação mais eficaz e evitar assim reclamações desnecessárias”, diz Sónia Lage Loureço, cofundadora do Portal da Queixa. “O tempo disponível para o processo de decisão é normalmente muito curto e tomado por impulso, o que poderá resultar numa experiência negativa, na eventualidade de o consumidor não conseguir o apoio e proximidade necessária por parte da marca”, acrescenta.
Na sexta-feira, as marcas que aderiram à iniciativa, de que são exemplo a Conforma, a Prosegur, a La Redoute, a Optivisão, a Lion of Porches ou a Phone House, comprometem-se a responder às solicitações dos clientes, via plataforma, num prazo máximo de 60 minutos.