A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) concluiu, no relatório “Avaliação Preliminar do Risco de Inundações em Portugal Continental”, que existem 71 locais de risco de inundação grave no País.
De acordo com os tipos de inundações existentes (fluviais, costeiras, pluviais e repentinas) e tendo em conta vários indicadores como o número de residentes afetados pela extensão da cheia, o período de ocorrência e os potenciais danos em infraestruturas, foram identificadas 58 áreas de risco potencial de inundação associadas a eventos de origem fluvial ou pluvial, sendo que quatro delas são transfronteiriças, como é o caso de Chaves e Valença. As 13 restantes áreas identificadas estão associadas a eventos de origem costeira.
As oito cidades mais frágeis são Torres Vedras, Alcobaça, Lourinhã, Figueira da Foz, Chaves, Espoende, Braga e Vila Real de Santo António, com pelo menos dois locais críticos. E, no que diz respeito a zonas, a de maior risco é a do Tejo e zona oeste, ficando, logo a seguir, as regiões do Vouga e do Mondego.
O estudo realizado pela APA teve em conta “os eventos de inundação conhecidos desde dezembro 2011, potenciais eventos futuros face a riscos associados a alterações climáticas e a cooperação com o Reino de Espanha”, lê-se no relatório.
Além disso, os eventos considerados no relatório foram aqueles que “podem provocar a perda de vidas, a deslocação de populações, danos no ambiente e no património cultural”, assim como “ser prejudiciais para a saúde humana, comprometer o desenvolvimento económico e prejudicar todas as atividades da Comunidade”.
O próximo passo deve ser, agora, a criação de planos de gestão de risco por parte de cada concelho mais vulnerável, conjuntamente com a Proteção Civil.