Os investigadores do Cascadia Research Collective já não têm dúvidas: estão perante o primeiro híbrido conhecido resultado do cruzamento destas espécies, neste caso, de uma baleia Peponocephala electra e de um golfinho Steno bredanensis.
O mamífero foi avistado o ano passado perto do Havai, mas só agora as análises genéticas permitiram confirmar que se trata mesmo do resultado do cruzamento de um golfinho-de-dentes-rugosos com uma baleia-cabeça-de-melão.
Embora este cruzamento possa parecer bizarro, não é tanto assim se se tiver em conta que esta espécie de baleia pertence, tecnicamente, à família dos golfinhos oceânicos, que ainda inclui as orcas e duas espécies de baleia-piloto.
Em agosto do ano passado, os investigadores começaram por estranhar a aparência do animal, macho, que se estima estar perto de atingir a idade adulta, com características das duas espécies.
Robin Baird, o biólogo marinho que liderou a expedição, explica que para se falar numa nova espécie seria preciso haver uma hibridação mais generalizada: “Chamar-lhe qualquer coisa como um baleifinho não faz qualquer sentido.”
O termo foi usado pela primeira vez em 1985, aplicado a um híbrido de falsa baleia assassina e um golfinho-roaz do Atlântico, nascido em cativeiro, no Hawaii’s Sea Life Park, onde ainda vive.