O que resta do antigo Aquaparque do Restelo, em Lisboa, vai, finalmente, ter uma solução. Se uma das partes foi devolvida à natureza – onde antes havia betão das piscinas e tubagens dos escorregas, há árvores e espaços de recreio e percursos – agora é a vez da estrutura edificada que correspondia à entrada do antigo parque aquático a ser intervencionada.
Segundo conta à VISÃO, por email, Duarte Mata, adjunto do Vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia da Câmara Municipal de Lisboa, as obras, que já começaram, estarão concluídas “no final do ano” e o que era um edifício em avançado estado de degradação vai dar lugar a um “parque infantil e juvenil coberto” e aberto ao público.
Uma das partes será concessionada para uma cafetaria “com serviço de take away” e sala “para festas de crianças”.
No final das obras haverá salas para quatro faixas etárias, com enfoque nas características de cada uma. Um espaço para a primeira infância (até aos 3 anos); outra para o pré-escolar, dos 3 aos 6 anos; dos 6 aos 9; e para adolescentes, acima dos 10 anos. Cada um dos locais terá equipamentos e atividades de acordo com as idades. Dado ser “indoor” é “um polo de atração com capacidade para todo o ano”, acrescenta Duarte Mata.
O Aquaparque do Restelo, em Monsanto, encerrou em 1993 depois das trágicas mortes de duas crianças sugadas pelas tubagens das piscinas. Durante anos, discutiu-se o destino do local. Chegou a haver, no fim dos anos 1990, um acordo de concessão a uma empresa privada, a Aventura em Lisboa, que ali pretendia fazer um parque de diversões, mas o projeto não andou para a frente, além de que a vizinhança da zona se pôs no terreno com um abaixo assinado e muitas críticas à possível construção desse parque.
Depois disso não houve mais projetos e a zona esteve ao abandono mais de 20 anos. Chegou a fala-se apenas na existência de um jardim, mas a autarquia de Lisboa resolveu avançar agora com este projeto dedicado aos mais novos.