Manuel Pinho recebeu do alegado saco azul do Grupo Espírito Santo não 1 mas dois milhões de euros. As transferências da Espírito Santo Enterprises começaram em julho de 2002 e foram feitas para uma das suas quatro offshores: a Mesete II. Essas transferências, na ordem dos 15 mil euros mensais, continuaram depois a ser feitas até julho de 2012.
Só no período em que Pinho foi ministro da Economia, chegaram às suas contas, via Mesete II e via Tartaruga Foundation, mais de 793 mil euros.
Mas na verdade os pagamentos da ES Enterprises para Pinho não terminaram aí. Em 2013 e 2014, o ex-ministro recebeu mais 315 mil euros, só que desta vez para uma conta que detinha no Banque Privée Espírito Santo.
Estas são algumas das informações que o processo conhecido como Caso EDP foi buscar à Operação Marquês. No caso das rendas da EDP, Manuel Pinho é suspeito de receber pagamentos do GES em troca de beneficiar a EDP quando era ministro e, por arrasto, o BES, que era então acionista da eléctrica.