Numa altura em que se começa a recuperar da passagem destrutiva do furacão Harvey e ainda se vive a passagem do furacão Irma, há algo que sempre despertou a atenção dos mais curiosos relativamente a este fenómeno: o olho do furacão.
Apesar de ser uma expressão frequentemente associada a situações problemáticas, o olho de furacão é, de facto, uma zona de calmaria localizada no centro de um fenómeno que é tudo, menos calmo.
Os furacões são, normalmente, caraterizados por ventos fortes acompanhados de chuvas igualmente fortes. No entanto, no meio destes fenómenos climáticos, vive-se uma intensa calmaria caraterizada por ventos relativamente mais fracos e pode até, em alguns casos, ver-se um céu azul ou estrelado.
O olho do furacão, que tem cerca de 30 a 60 quilómetros de diâmetro, forma-se quando existe um fluxo de ar de cima para baixo, o que faz com que as nuvens se dissipem criando uma espécie de oásis.
No entanto este período, que pode durar uns minutos como pode durar umas horas, pode ser perigoso, no sentido em que pode dar a impressão de que o pior já passou e, consequentemente, fazer com as pessoas deixem de estar alerta e saiam de casa.
“O olho de furacão, nesse sentido, pode ser perigoso. Pode dar às pessoas uma falsa sensação de segurança porque os ventos diminuem e tudo fica mais calmo. Mas os ventos vão recomeçar à medida que o furacão passa” disse Adam Morgan, meteorologista australiano à BBC.
Em terra o olho de furacão é uma zona de calmaria mas no mar o mesmo não acontece. Sobre o oceano o olho de furacão é, possivelmente, a parte mais perigosa: no interior, ondas de todas as direções batem umas nas outros, formando ondas que podem atingir os quarenta metros de altura.