Atualmente são cada vez mais as mulheres que decidem partilhar fotografias nas redes sociais onde amamentam os seus filhos considerando que o ato de amamentar é algo perfeitamente normal. No entanto, se a questão continua a ser alvo de debate em todo mundo — recorde-se o caso de Larissa Waters, dirigentes dos Verdes australianos que fez história ao amamentar a filha enquanto discursava no Senado – o caso ganha outra dimensão no ex-soviétivo maioritariamente muçulmano Quirguistão. Logo a começar pela protagonista: A filha mais nova (e menor de idade) do Presidente.
Em abril, Aliya Shagieva partilhou uma fotografia na sua conta pessoal do Instagram que, pouco tempo depois, foi removida, pela própria, entre acusações de “comportamento imoral”. Na fotografia era possível ver-se Alyia de roupa interior a amamentar o filho. “Eu vou amamentar o meu filho a qualquer altura e em qualquer lugar em que ele precise de ser alimentado” lia-se na legenda.
Após a publicação da fotografia, as críticas nas redes sociais não tardaram a surgir, juntando-se, segundo a jovem, ao desagrado dos seus próprios pais. “Eles não gostaram. E é compreensível porque a geração mais jovem é menos conservadora do que a dos pais” afirma agora, em declarações à BBC.
Para Alyia Shagieva, não foi a fotografia que causou indignação mas sim uma cultura que hiper-sexualiza o corpo feminino. “O meu corpo não é vulgar. É funcional. O seu propósito é dar resposta às necessidades fisiológicas do meu bebé, não é ser sexualizado”, defende.