Excluam-se os detentores de passaporte sul coreano (e norte-americano também, por decisão dos EUA) e é possível visitar a Coreia do Norte. A viagem, no entanto, é cheia de restrições. Os pacotes de viagens estão já organizados pelo país e só podem ser adquiridos numa agência de viagens com acordo estabelecido com o regime de Pyongyang. Um só semana custa em média 2 mil euros, a que deve somar-se o preço do bilhete de ida e volta (Pequim-Pyongyang) isto porque só é permitido voar a partir da capital chinesa.
Ao preço da viagem junta-se ainda a presença obrigatória de dois guias que acompanham o turista 24 horas por dia, num apertado horário pré-estabelecido para visitar os locais também já pré-estabelecidos pelo regime.
Ir à Coreia do Norte não fica barato porque quem pretender escolher um hotel mais acessível… não o pode fazer. O regime escolhe os hotéis, normalmente de quatro estrelas.
Passear pela capital à noite também só é possível mediante uma autorização especial. Aliás, esta é também necessária para sair do hotel a qualquer hora do dia.
Apesar de todas estas restrições, 50 mil estrangeiros viajam anualmente para o país. Mais de 90% dos turistas são chineses.
Após a morte de Otto Warmbier, um estudante universitário norte-americano que foi preso em 2016 por ter roubado um cartaz de propaganda política, os Estados Unidos proibiram as viagens turísticas para a Coreia do Norte. Otto foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados por “crimes contra o Estado”. O regime libertou-o em estado de coma e passado uns dias acabou por morrer.