Em novembro de 2016 chegou a ter uma valorização de 2 mil milhões de dólares canadianos (1,4 milhões de euros). E, embora tenha descido os valores para 943 milhões de dólares (660 milhões de euros), a Canopy Growth Corp continua a ser o maior produtor legal de canábis para fins medicinais, a nível mundial. O passo seguinte era óbvio, mesmo sendo uma empresa que comercializa um produto proibido na maior parte do mundo: a partir desta sexta-feira, fará parte da lista das empresas cotadas na bolsa do Canadá, no setor da saúde.
A empresa esteve em fase de negociação na bolsa desde julho de 2016 e, com os requisitos de capitalização de mercado e liquidez satisfeitos, a partir de 20 de março vai constar oficialmente da lista de empresas cotadas pela Bolsa de Valores de Toronto, após o encerramento das negociações de dia 17.
Este é mais um passo na valorização da empresa, considerada o primeiro unicórnio canadiano – startups que ganham rapidamente uma avaliação de mil milhões de dólares, ou mais – na indústria de produção desta planta. Embora a instabilidade das ações (subiram 2,2% na passada segunda-feira, 13, e desceram 0,72% no dia seguinte à tarde) esta é uma oportunidade para novos investimentos.
Apesar de o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, ter prometido a legalização do canábis na primavera de 2017, e de não existirem, para já, medidas do governo nesse sentido, a Canopy Growth Corp acredita que a entrada no índice bolsista vai criar novos mercados de exportação e acelerar a legalização noutros países.
Por entre as novas oportunidades de exportação não constarão os EUA, o poderoso vizinho do Canadá. Isso é o que podemos concluir das posições do governo de Donald Trump, que já prometeu reprimir o uso recreativo da canábis. Que, recorde-se, é legal em oito estados americanos.