Ninguém gosta de ter uma conversa com alguém que tem mau hálito. Um problema bastante comum, com nome próprio – halitose – e que resulta da atividade de bactérias que vivem na boca.
Custa a admitir que se sofre de halitose e, mais incómodo ainda, chamar a atenção para a questão. Mas este pode ser o primeiro passo para a cura. O segundo passo será procurar ajuda para o resolver. No Instituto de Implantologia, em Lisboa, por exemplo, foi criada uma consulta especializada no assunto. Que é mais complexo do que se pode pensar. As causas são diversas e podem ser um importante sinal ou sintoma de que algo vai mal no organismo.
“Em mais de 90% dos casos, o mau hálito tem origem no interior da boca, sendo a causa mais comum uma higiente oral deficitária, com acumulação de placa bacteriana no dorso da língua [a língua fica com um aspeto esbranquiçado]. Mas também pode dever-se a doenças sistémicas e metabólicas, medicação ou dieta inadequada, dentes e próteses dentárias, cáries, doenças gengivais e insuficiente produção de saliva”, explica o diretor do Instituto João Caramês.
Tendo em conta que 30% da população mundial sofre deste problema – uma taxa que em Portugal está estimada em 49% – o Instituto de Implantologia abriu uma consulta especializada no diagnóstico e tratamento da halitose. Na consulta, são utilizadas técnicas complexas, como microscopia ótica, para avaliar o estado de dentes e gengivas, determinação do PH, ou grau de acidez da saliva, e quantidade de saliva produzida.
Em linhas gerais, pode dizer-se que evitar ou tratar a halitose passa obrigatoriamente por uma boa higiene oral, que não deve deixar de fora a escovagem da língua, e por uma visita regular ao dentista.
E permita-me que lhe deixe uma sugestão: se conhece alguém que sofra de halitose, faça-lhe chegar este artigo. Ia gostar que alguém lhe fizesse o mesmo, se fosse caso disso, é claro!