Um jogo, viral e interativo, confunde-se com a realidade. O outro, com recurso a vírus e à internet, quer confundir o primeiro, tornando-o inacessível aos utilizadores. Há piratas informáticos a boicotar o novo entretém da Nintendo e nas últimas horas têm sido vários os problemas nos servidores do Pokémon Go.
Não é certo que todas estas falhas nos servidores do jogo, reportadas no Twitter Pokémon Go Servers, tenham sido provocadas por hackers. Mas o grupo PoodleCorp reivindicou ontem a sua intervenção numa e avisou que está em campo para combater o jogo.
“Foi só um pequeno teste, em breve faremos algo em larga escala”, escreveram na conta de Twitter deste “consórcio” de piratas informáticos.
As ações da Nintendo dispararam 86% na última semana, com o lançamento deste jogo para telemóveis que ‘obriga’ as pessoas a fazerem parte dele, mas a febre da caça ao Pokémon, que também já chegou a Portugal, ganhou inimigos no mundo cibernético. E não está só em causa a jogabilidade.
Especialistas por todo o mundo estão a alertar para o perigo de os dados pessoais fornecidos pelos utilizadores ficarem à mercê dos hackers. Segundo a empresa de segurança Proofpoint, há versões do jogo mais permeáveis e os piratas informáticos podem ganhar “controlo total sobre o telemóvel da vítima”. Dados como a data de nascimento, contactos ou a localização do jogador, em tempo real, também podem ser obtidos por terceiros sem grandes dificuldades, alertam os especialistas em crimes cibernéticos.