Nos milhões de mensagens escritas trocadas, diariamente, em todo o mundo são enviados biliões de emojis. Mas, seguramente, que já deve ter querido usar o símbolo de uma médica, agricultora, cantora, estudante ou professora e não o encontrou. Depois da questão da diversidade racial nos emojis ter sido levantada, e da campanha Like a Girl, da Always, ter acusado o teclado de emojis de ser sexista, é a vez da igualdade de género nas profissões estar na berlinda. Para colmatar essa falha uma equipa da Google apresentou uma proposta à Unicode Consortium, responsável pela regulação e padronização da maneira usada para se escrever em dispositivos eletrónicos, para a criação de uma nova série de emojis que retratem profissionais de diversas áreas, nas suas versões masculina e feminina.
Os 13 novos emojis, nas áreas de negócios, saúde, ciência, educação, tecnologia, indústria, agricultura, serviços alimentares e música representam “uma ampla gama de profissões para mulheres e homens, com o objetivo de destacar a diversidade das carreiras femininas e dar poder às mulheres em todo o mundo”. A inspiração da Google surgiu a partir de uma coluna de opinião, escrita em março passado, no jornal New York Times, onde Amy Butcher se insurgia sobre o facto de não haver símbolos femininos. Quando quis enviar uma mensagem de felicitação a uma amiga só encontrava rostos de mulheres e corpos esguios, arquétipos como a bailarina de flamenco no seu vestido comprido vermelho, a noiva de véu branco e a princesa de tiara dourada. Onde está o advogado, o contabilista ou o cirurgião, questionava. Os homens estão bem representados com o polícia, o construtor ou o pai natal. Na verdade, ao combinar dois emojis, consegue-se o mesmo efeito: um homem e um trator dá um agricultor, uma mulher e uma escola resulta numa professora, um homem e uma frigideira com um ovo simboliza um cozinheiro. Apesar de o processo, algo burocrático, estar ainda em fase de aprovação, os símbolos deverão estar disponíveis este ano.