Segundo indicam estudos recentes, mais de 20% da população escolar entre o 6º e o secundários já esteve envolvida em situações de bullying (6,3% como agressores, 19,4% enquanto vítimas). Apesar de todas as campanhas, apesar de todos os alertas, há crianças acossadas, humilhadas e maltratadas, que continuam a padecer de um sofrimento em silêncio.
O bullying é descrito como um fenómeno, que começou a ter a atenção da comunidade escolar e de psicólogos, a partir dos anos 90, e refere-se a um certo tipo de agressão, verbal ou física, na escola ocorrendo entre pares.
São atitudes quase tribais, que não se enquandram em comportamentos racionais, difíceis de entender, e, muitas vezes, a vítima, embora não padronizável, apresenta sinais de fraqueza, de timidez ou alguma característica diferenciadora, que a distingue dos restantes.
No vídeo, o depoimento angustiante de Paula Machado, uma mãe de uma criança que começou a dar, em casa, todos os sinais que os pedropsiquiatras identificam como alerta de bullying: ansiedade, depressão, auto-agressão, solidão, alterações de sono, rejeição da escola e até queixas psicosomáticas. Com apenas 12 anos, o menino é medicado com anti-depressivos e têm de tomar calmantes meia hora antes de ir para a escola.
Em plena luz do dia, numa artéria movimentada, três rapazes atacam verbal e fisicamente um colega. São três contra um. Quem vai achar que são coisas de miúdos e não se quer envolver? Quem se indigna e tenta proteger a criança, alvo das agressões dos colegas?