“Charles Correa foi a inspiração para a infusão da modernidade na arquitetura indiana depois de 1947. Perdemos um inspirador de tendências e uma amada figura paternal”, afirmou Prakash Deshmukh, presidente do Instituto Indiano de Arquitetos, à agência AFP, adiantando que morreu de doença súbita.
Entre os projetos mais conhecidos que Correa assinou em todo o mundo estão o Centro de Neurociência do MIT, nos Estados Unidos, e o Centro Ismaili de Toronto.
Em Portugal, Correa projetou o centro de investigação biomédica da Fundação Champalimaud, um complexo de 60 mil metros quadrados localizado à beira do Tejo, em Pedrouços.
A primeira pedra do edifício, concluído em 2010, foi lançada em 2008.
O primeiro-ministro indiano, Narenda Modi, escreveu na rede social Twitter que a arquitetura de Correa era “muito apreciada, refletindo o seu brilhantismo, zelo inovador e maravilhoso sentido estético”.
Charles Correa nasceu a 01 de setembro de 1930 em Secunderabad, estudou na Índia e nos Estados Unidos e estabeleceu-se como arquiteto em 1958.
O primeiro projeto que o tornou conhecido foi um monumento a Mahatma Ghandi, o líder do movimento para a independência da Índia, em Ahmedabad.
Nos anos 1970, Charles Correa liderou a equipa de arquitetos que projetou Nova Bombaim, uma extensão da cidade de Bombaim para acolher dois milhões de pessoas.
Ao longo da vida, recebeu várias honrarias no seu país e não só, destacando-se a Padma Vibhushan, uma das mais prestigiadas condecorações da Índia.