A queda de cabelo é uma realidade que afeta 50 milhões de homens e 30 milhões de mulheres apenas nos Estados Unidos, mas cientistas do Instituito de Investigação Médica Sanford-Burnham em La Jolla, Califórnia, conseguiram provar que células estaminais derivadas da pele humana poderão ser usadas para fazer crescer cabelo.
Alexey Terskikh, membro do instituto e da equipa de investigadores que demonstrou a técnica experimental, considera que “o método é uma melhoria visível em relação a utros métodos que dependem do transplante de folículos capilares de uma parte da cabeça para outra.”
“O nosso método fornece uma fonte ilimitada de células para o paciente transplantar e não está limitado pelo número de folículos capilares disponíveis”, explica.
Por outros palavras, em vez de transplantar cabelo de um sítio para outro, este método consegue – pelo menos em teoria – fazer crescer cabelo na cabeça de homens e mulheres totalmente carecas.
A experiência realizada em ratos demonstrou ser um sucesso e, se funcionar em humanos, “irá mudar radicalmente os tratamentos existentes”, acredita Nicole Rogers, dermatologista e cirurgiã de transplantes capilares em Nova Orleães.
A técnica experimental explorou a capacidade das células estaminais pluripotentes poderem transformar-se em qualquer outra célula, neste caso , em células de papila dérmica, que regulam a formação e crescimento de folículos capilares.
No entanto, Rogers admite que ainda existem muitos obstáculos a ser ultrapassados, nomeadamente a réplica dos resultados em ensaios de larga-escala em humanos.