A média mais baixa é do ano de 2008 – 57 pontos percentuais -, mas isso, avança a professora, dever-se-á mais ao facto de ser o primeiro ano em que se efetuou um exame da disciplina. De fator surpresa, passou a rotina. “O problema é o modelo escolhido”, afirma Isabel Trindade, “porque assim só se avalia a parte técnica, o que não é a forma mais adequada”, considera. O comum, insiste a professora de Desenho, é ser-se avaliado por portefólio, com escolhas que, depois, os alunos fundamentam. Além disso, critica, o exame é sempre do mesmo género: “Até há uma técnica, sabe-se o que vai sair e depois é um treino que se faz.”
O pior é penalizarem-se os alunos que vão além do que é pedido. “A arte é sempre interventiva, pede pensamento. Mas, no exame, nada disto lhes é solicitado”, insurge-se a responsável por aquela associação, acrescentando que já fizeram chegar a sua posição ao Ministério, por intermédio do IAVE, o organismo público que “desenha” os exames. “No final do ciclo”, diz, “o que se exige dos alunos é que saibam ler criticamente mensagens visuais de origens diversas e agir como autores de outras.”