O trabalho chama-se “Nue York: self-portraits of a bare Urban Citizen”, que poderia ser traduzido para “Nua York – Autorretratos de uma cidadã urbana despida”, surgiu com a necessidade da fotógrafa se sentir confortável no seu próprio corpo e perder a vergonha.
Do projeto fazem parte 20 fotografias que retratam o dia-a-dia de um cidadão comum numa grande cidade, e foram tiradas através de um comando à distância.
A ideia surgiu há dois anos, durante a Fashion Week de Nova Iorque. Tendo inicialmente a ideia de fotografar pessoas sem roupa a fazerem coisas citadinas vulgares. “Estava a pensar sobre a moda e como seria se não precisássemos dela para mostrar quem somos, quanto dinheiro temos e todas essas coisas”, contou Simone ao Mail Online. Contudo, rapidamente alterou a ideia e propôs-se a fazer autorretratos.
De início não sabia se seria capaz, porque não se considera de todo uma pessoa exibicionista. Confessa ter-se sentido um pouco constrangida quando começou, mas que rapidamente se ambientou.
“Nas primeiras vezes foi um pouco assustador. Mas agora já não me importo. As pessoas aceitaram-me bem ao pé delas. A maioria ria-se ou aplaudia.”
A fotógrafa explica, ainda, que não andou nua pelas ruas e que apenas se despia quando chegava aos sítios para posar.
“Isto não tem a ver com sexo. Andar nu é uma loucura que é ilegal. Todo o processo de realização do projecto foi muito deliberado e isso fez-me sentir mais livre e confortável na minha própria pele e sem vergonha do meu corpo”, declarou a fotógrafa.