A princesa saudita Meshael Alayba, de 42 anos, foi acusada de tráfico humano e mais tarde detida no seu apartamento de luxo, na Califórnia, EUA, depois de uma das suas empregadas ter fugido. A fugitiva, que viajou num autocarro, contou a um passageiro que desconfiava ser vítima de tráfico humano e o mesmo contactou as autoridades.
A vítima de 30 anos, cuja identidade é desconhecida, explica que em 2012 foi contratada por Meshael Alayban e que ao chegar à Arábia Saudita lhe retiraram o passaporte.
Às autoridades alegou ter sido forçada a trabalhar horas excessivas (aproximadamente 16 horas, sete dias por semana) no apartamento da princesa, nos EUA, – do qual não tinha permissão para sair -, e explicou que recebia um salário inferior ao combinado (recebia cerca de 168€ mensais).
O contrato de dois anos que a vítima assinou com uma agência de emprego garantia que a mesma iria receber cerca de 1200€ por mês para trabalhar como empregada oito horas por dia, cinco dias por semana.
A princesa saudita, também identificada como uma das viúvas do príncipe saudita Abdulrahman al Saud, deveria ter comparecido no tribunal de Sant Ana, no Condado de Orange, mas não se apresentou. Porém, um juiz do condado já tinha definido que Alayban terá de pagar uma fiança no valor de aproximadamente quatro milhões de euros.
No entanto, Alayban – que está a ser monitorizada por um aparelho GPS e proibida de sair do município sem prévia autorização – afirma que irá enfrentar todas as acusações.
As autoridades detiveram Meshael Alayban dentro do seu apartamento, onde descobriram mais quatro empregadas de nacionalidade filipina que também alegam terem sido privadas dos seus documentos pessoais.