A ENTREVISTA DIVIDA POR TEMAS:
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A sucessão
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A vida do tour
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A pressão de ser português… em Portugal
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O fim do sonho
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Os amigos do tour
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A relação com Kelly Slater
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A vantagem psicológica
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As duas divisões do surf
AS FOTOS:
Desde o regresso do tour a Portugal, ainda não conseguiu um bom resultado. O que é que tem originado as más prestações caseiras?
Pressão, nervos…
Sente-se mais aliviado a competir fora de Portugal?
Sim, totalmente. Aqui é sempre mais stressante. Devo gastar muito mais calorias a competir em Portugal. A remada é mais intensa, tudo é mais intenso… A temperatura, quando acabo um heat, é mais elevada… Por vezes, é difícil viver essa intensidade sem ficar muito ansioso.
Jogar em casa não o ajuda?
Peniche tem sido uma prova bastante difícil de gerir. A onda de Supertubos não tem grandes segredos e todos percebem como funciona. Basicamente, em Peniche não tenho qualquer vantagem. A única seria o público, mas não tenho conseguido aproveitá-la. Pelo contrário.
Como vai tirar partido dessa vantagem?
Por mais que tente analisar é apenas um click que se vai dar dentro de água e, assim que eu consiga passar um heat, os acontecimentos podem virar completamente. Há uma componente logística em Peniche que, para mim, é complicada. Por ser o único português, tenho muitos mais olhos em cima de mim, que é normal e é uma coisa boa até. Mas nem sempre é fácil digerir tudo isso. Sinto-me mais cansado do que em qualquer outra prova. Até chegar à água passo por um sem número de situações que me consomem alguma energia e acabo por sofrer um pouco com isso. Ericeira também foi assim, até 2005, [quando ganhou].