De acordo com o inquérito anual de confiança, Portugal continua classificado como ‘desconfiado’, ao nível dos EUA e da Suécia, mas encontra-se muito próximo da fronteira com os países ‘neutros’, num ‘ranking’ em que a China e os Emirados Árabes Unidos são os países mais confiantes.
Segundo as conclusões do inquérito, que serão apresentadas esta sexta-feira em Lisboa, 29% dos portugueses disse confiar no Governo, o que representa uma subida de 20 pontos percentuais no último ano, e é a maior dos 25 países inquiridos, um resultado que está em contra ciclo com as conclusões internacionais do estudo, que aponta para o facto de os Governos serem considerados os principais culpados pelo caos financeiro e político.
Pé atrás com a energia
Já a confiança dos portugueses no setor da energia caiu um quinto no último ano, sendo a atividade que protagonizou a maior queda do ano. Há um ano o setor da energia era o segundo a merecer mais confiança dos portugueses, mas, em 2012, passou para a sexta posição do ‘ranking’, com uma queda de 14 pontos percentuais, de 67 para 53 por cento.
Esta alteração acontece depois da ‘troika’ ter alertado para a necessidade de aliviar os custos de forma a que as tarifas de eletricidade aos consumidores não tenham uma subida exponencial no futuro.
Papel ganha confiança face à Internet
Os jornais e as revistas são os meios de informação em que os portugueses mais confiam, ganhando terreno aos motores de busca online, que perderam a liderança que tinham há um ano.
De acordo com o inquérito, Portugal é um dos países que regista um maior aumento da confiança nos meios de comunicação, no último ano, de 12 pontos percentuais, para 51% dos inquiridos.
Os meios tradicionais são os que merecem mais confiança em Portugal, com as revistas e os jornais a liderarem o ‘ranking’, enquanto os ‘blogs’ e as redes sociais são os que recebem menos confiança.